oi oi oi cara de boi
do estado liberal ao estado social
Telêmaco Borba - PR
2014
BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social: Malheiros editores 7° edição 1°tiragem 07/2001.
3. O Estado social como fruto da superação ideológica do antigo liberalismo.
Daqui partimos, pois, para duas ponderações básicas. Uma de ordem histórica, referindo as vicissitudes por que passou a formulação doutrinaria do Estado social. Outra, explicando alguns dos perigos que desenvolveram a conservação desse estado e que, de certo modo, comprometeram as esperanças de sua preservação por longo espaço de tempo (p. 187)
O velho liberalismo na estreiteza de sua formulação habitual, não pode resolver o problema essencial de ordem econômica das vastas camadas proletárias da sociedade, e por isso entrou irremediavelmente em crise (p. 188).
Ao arrebatar a sufrágio, o quarto estado ingressava, de fato, na democracia política e o liberalismo, por sua vez, dava mais um passo para o desaparecimento, numa decadência que deixou de ser apenas doutrinaria para se converter, então, em decadência efetiva, com a plena ingerência do estado na ordem econômica. (p. 189).
Com a reconciliação entre o capital e o trabalho, por via democrática, todos lucram.
Lucra o trabalhador, que vê suas reivindicações mais imediatas e prementes atendidas satisfatoriamente, numa formula de concentração de egoísmo e de avanço para formas moderadas do socialismo fundado sobre o consentimento
E lucram também os capitalistas, cuja sobrevivência fica afiançada no ato de sua humanização, embora despojado daqueles privilégios de exploração impune, que constituíam uma índole sombria do capitalismo, nos primeiros tempos em que implantou. (p. 189)
Mas, do mesmo passo, o liberalismo de vistas curtas da burguesia combate erroneamente o socialismo democrático, porque esse também lhe tomava os privilégios, deslocando a idéia política da polaridade individual para a