Fundamentalismo Religioso
O fundamentalismo religioso movimenta-se nos ambientes mais inusitados. Ele está presente nas religiões ou nas organizações de diferentes finalidades.
Para o fundamentalista tudo deve estar padronizado por um conceito único, a vontade de Deus. Tanto no Cristianismo, Judaísmo, Islamismo e outras religiões orientais, existem e existirão sempre pessoas que não conseguem admitir a sadia dimensão das diferenças.
Quando se situa Deus como centro de todas as coisas, perde-se a visão periférica da vida. Os fundamentalistas, aqueles que acreditam cega e veementemente que tem um contato direto com Deus, não conseguem enxergar as realidades paralelas nas quais o ser humano se movimenta constantemente.
Nesta visão um tanto monopolista da realidade transcendente não cabe espaço para a razão e a criticidade. Aliás, o fundamentalista sente uma profunda aversão ao pensamento. Para ele, razão e fé estão separados e distantes. Jamais devem dialogar e questionar-se mutuamente.
Quando se alimenta uma fé mágica, perde-se o foco da realidade.
Como falar de Deus que é um ser transcendente a não ser através da razão e do discurso? Para o fundamentalismo e os que aderem a esta ideia, já está tudo explicado, o ser humano não é regido pelo livre arbítrio e sim pelo inefável destino do descontrole da vontade divina, onde as liberdades de consciência do sujeito desaparecem e a autonomia do ser humano é simplesmente uma opção caduca.
O fundamentalismo religioso adormece a dimensão sadia da misericórdia e da compaixão, tão necessária nos dias de hoje.