Observação
Augustin Legido (EUA)
Simpósio Internacional de Neonatologia e Neurologia Neonatal, Curitiba/PR 21-23/11/2003.
Volpe JJ-Neurology of the Newborn-Hipoxic-ischemic encephalopathy, p. 211-369, 1995
Resumo realizado por Paulo R. Margotto, Intensivista neonatal do Hospital Unimed-Brasília- pmargotto@ambr.com.br
A encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) é a enfermidade mais freqüente no período neonatal, variando a sua incidência de 1-1,5% (até 9% nos recém-nascidos prematuros menores de 36 semanas e 0,5% acima de 36 semanas de gestação).
É importante a conceituação de: -hipoxemia: baixo conteúdo de O2 no sangue cerebral -Isquemia : baixo suporte de sangue ao cérebro -Asfixia : é uma inibição respiratória que causa hipoxemia, hipercapnia e acidose.
Entre as causas, as intrapartos, são as mais freqüentes. As causas pré-natais ocorrem em 20% e em somente 10% a hipoxia-isquemia ocorre após o nascimento.Assim a asfixia que se manifesta no momento do nascimento não é culpa do obstetra na maioria das vezes (o feto já apresenta algum problema que o predispõe a asfixia no momento do nascimento). Assim, é importante ter em mente as causas pré-natais que podem ser mascaradas no momento do parto. Um aspecto importante da patogênese da EHI é a desregularão do fluxo cerebral. A regulação do fluxo cerebrovascular não depende da pressão arterial e há um mecanismo de alto-regulação que mantém o fluxo constante. Na situação de asfixia importante, com a ocorrência da hipoxemia e da hipercapnia e outros fatores, esta auto-regulação é afetada e o fluxo sanguíneo cerebra passa a depender fundamentalmente da pressão arterial sistêmica. Além deste mecanismo dependente do fluxo cerebrovascular, existem outros mecanismos muito importantes. A falha do mecanismo energético para a produção de produtos de alto conteúdo energético como o ATP, a produção de produtos de baixo