Observação participante
Analisar uma sociedade de forma interna, a qual se possa acompanhar o seu cotidiano se mostra fundamental para muitos no estudo antropológico. Esse estudo participativo permite coletar informações de forma empírica, de tal maneira que se possa obter resultados mais confiáveis e assim poder analisar profundamente e com veracidade aspectos de uma determinada cultura.
Malinowski dera grande destaque ao método exposto adotando-o em alguns de seus trabalhos, como a longa convivência entre os trobriandeses. Nesse estudo ele consegue transmitir de tal forma a vida deste povo que permite ao leitor deter uma imagem viva e humana, com hábitos completamente diferentes em relação aos da sociedade ocidental moderna. Tal feito possui grande importância, já que geralmente se enxerga esse tipo de cultura sob uma perspectiva preconceituosa, tomando-as como incoerentes, irracionais e até mesmo primitivas; porém Malinowski desconstrói tal imagem quando constitui sua análise sem esse pressuposto, mas ao contrário, os têm por uma sociedade com costumes e lógica que diferem das que conhecemos, lógica essa a qual necessita ser compreendida e para isso ele adota a observação participante.
Durante seu processo de estudo Malinowski não se contenta em coletar dados de membros da comunidade, ele precisa verifica-los pela observação direta das condutas sociais, e depois contrapor ambas informações coletadas e a partir desse ponto compreender as ações dos indivíduos e assim elaborar um estudo sobre sua cultura.
Tal método é indispensável pra Malinowski pois, além de caracteriza-la, permite preservar a singularidade de cada cultura.
Karina Kuschnir também utilizou essa metodologia para a produção do seu livro “O Cotidiano da Política”, comentando-o no texto “Pesquisas Urbanas”. Nesse último ela trata como aplicou a pesquisa de campo para a coleção de dados e sua implicação.
Kuschnir segue os passos de