Observação participante
Ao longo do semestre, esta disciplina foi aquela que me facultou, uma maior aproximação ao mundo da sociologia, em que eu próprio tinha as minhas dúvidas e no qual em conversas de bar acabava por manifestar a minha relutância, possibilitou ainda a compreensão da forma como a perspectiva teórica, centrada em conceitos, passa para o concreto e visível, mostrando o quanto é importante analisar o que nos rodeia em que por muitas vezes, nós próprios não temos noção.
Quando partimos para o terreno para uma investigação sociológica, e no nosso caso, para uma observação, temos de ter em conta que o nosso objecto de estudo, não pode ser analisado em laboratório, ou seja não é um objecto isolado, adquirimos a consciência que se trata de um fervilhar de relações e situações que ocorrem no mundo social.
Na aplicação da metodologia qualitativa o campo de estudo não é pré-estruturado nem pré-operacionalizado, sendo um processo fundamentalmente indutivo. O observador deve-se submeter às condições particulares do terreno e estar atento a dimensões que se possam revelar importantes. Tratando-se assim num procedimento incitador que parte da observação do terreno. Na sua base encontra-se uma pesquisa exploratória, fase aberta na qual o observador situa-se como um verdadeiro explorador, familiarizando-se com uma situação ou um fenómeno e tenta descrevê-los e analisá-los. Este tipo de procedimento deve ser adoptado quando o objecto teórico visado é descrever ou explicar situações, cujas dimensões são ao mesmo tempo objectivas e simbólicas, ou seja, para abordar realidades concebidas como internas aos actores, apesar de socialmente produzidas, realidades que nos são apresentadas sob diversas designações como as representações