As demais obras de Hegel possuem a fama de serem dificeis,devido á amplitude dos temas que pretendem abarcar. Diz a anedota (possivelmente verdade) que, quando saiu a tradução francesa da fenomenologia do espirito, muitos estudiosos alemães foram tentar estudar a fenomenologia pela tradução francesa, para "ver se entendiam melhor" o árido texto hegeliano. O fato é que sua filosofia é realmente dificil, embora isso não se dava necessariamente a uma confusão na escrita. Afinal, Hegel era critico das filosofias claras e distintas, uma vez que, para ele, o negativo era constitutivo da ontologia. Neste sentido, a clareza não seria adequada para conceituar o objetivo. Introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo mesmo, chamado geralmente dialética: uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições inerentes ao movimento anterior. Por exemplo, a Revolução francesa constituiu, para Hegel, a introdução da verdadeira liberdade nas sociedades ocidentais pela primera vez na história escrita. No entanto, precisamente por sua novidade a bsoluta, é também absolutamente radical: por um lado, o aumento abrupto da violência que fez falta para realizar a revolução, não pode deixar de ser o que é, e, por outro lado, já consumiu seu oponente. A revolução, por conseguinte, já não pode voltar-se para nada além de ser resultado: a libeerdade conquistada com tantas penúrias é consumida por um brutal Reinado do Terror. A hiostória, não obstante, progride aprendendo com seus erros: somente depois desta experiência, e drecisamente por causa dela, pode-se postular a existência de um Estado constitucional de decidadãos livres, que consagra tanto o poder organizador benévolo (supostamente) do governo racional e os ideais revolucionários da liberdade e da