objetivismo
A ESSÊNCIA DO CONHECIMENTO
Conhecimento quer dizer uma relação entre sujeito e objeto. O verdadeiro problema do conhecimento, portanto, coincide com a questão sobre a relação entre sujeito e objeto.
Vimos que, para a consciência natural, o conhecimento aparece como uma determinação do sujeito pelo objeto. Mas será correta essa concepção? Não deveríamos, pelo contrário, falar do conhecimento como uma determinação do objeto pelo sujeito? Qual o fator determinante no conhecimento humano? Seu centro de gravidade está no sujeito ou no objeto? Pode-se responder a essa questão sem estabelecer o caráter ontológico do sujeito e do objeto. Nesse caso, estaremos diante de uma solução pré-metafísica do problema.
Seu resultado pode ser tanto favorável ao objeto quanto ao sujeito.
1. Soluções pré-metafísicas do problema
a) o objetivismo
Segundo o objetivismo, o elemento decisivo na relação de conhecimento é o objeto.
O objeto determina o sujeito. Este deve ajustar-se àquele. O sujeito, de certo modo, incorpora, copia as determinações do objeto. Isso pressupõe que o objeto se coloque diante da consciência cognoscente como algo pronto, em si mesmo determinado.
É exatamente nesse ponto que reside o pensamento nuclear do objetivismo. Para ele, os objetos são algo dado, apresentando uma estrutura totalmente definida que será, por assim dizer, reconstruída pela consciência cognoscente.
Platão foi o primeiro a defender um objetivismo tal como acabamos de descrever.
Sua doutrina das idéias é a primeira formulação clássica do pensamento fundamental do objetivismo. Para Platão, as idéias são realidades objetivamente dadas. Elas formam uma ordem fatual, um reino objetivo. O mundo sensível está defronte ao mundo supra-sensível. E, como os objetos do primeiro revelam-se à intuição sensível, à percepção, os objetos do último revelam-se a uma intuição não-sensível, a contemplação das idéias.
O pensamento fundamental da doutrina platônica das idéias revive, hoje,