Nutrição
Bacabal: 04/11/2014
Professora:Klegea Câncio
Aluna:Janayna Ferreira Moura
Curso:Nutrição
Durante a infecção pela Leishmania, deve-se considerar os três membros do processo infeccioso: o inseto, o parasito e o hospedeiro vertebrado. Após a ingestão de sangue contaminado pelo flebótomo, as formas amastigotas se diferenciam em promastigotas procíclicas, que se aderem ao intestino, e depois em metacíclicas, um estágio infectante, não divisível e inábil para se ligar ao intestino, que migra para a probóscide. No repasto sangüíneo seguinte, em um hospedeiro vertebrado suscetível, o flebótomo regurgitará em torno de 1000 metacíclicas que serão fagocitadas por células do sistema fagocítico-mononuclear, nas quais se transformarão em amastigotas.
Componentes da saliva do flebótomo, como prostaglandinas, apirases, adenosina, e maxadilan, protegem o parasito e aumentam a infectividade para o hospedeiro no momento do repasto sangüíneo. O maxadilan (MAX), presente na saliva de Lutzomyia longipalpis, é um peptídeo com ação vasodilatadora com vários efeitos sobre macrófagos, o que pode explicar a sua habilidade em exacerbar a infecção por L. major, em camundongos, e prolongar a sobrevivência da Leishmania. Dentre suas ações, pode-se citar: inibição da produção de óxido nítrico, H202 e fator de necrose tumoral- (TNF-) por macrófago, e todos os fatores associados com a morte da Leishmania, e aumento dos níveis de Interleucina-10 (IL-10), prostaglandina E e IL-6, que direcionam para uma resposta imune não protetora.
No sítio de inoculação, mecanismos da imunidade inata e adaptativa (fagócitos, complemento, plaquetas, anticorpos naturais, trombinas e cininas) serão ativados com o objetivo de levar à destruição do parasito, mas que, por outro lado, podem favorecer a sobrevivência do mesmo. Ensaio usando um modelo ex vivo de infecção de sangue humano por Leishmania, com o objetivo de avaliar os estágios iniciais