Nutrição e longevidade
« 28 pontos) no Mini Mental State Examination tinham baixa ingestão de ácidos gordos insaturados,
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saturados e colesterol e alta ingestão de comida em geral, de fruta, de hidratos de carbono, tiamina, ácido fólico, e vitamina C, comparativamente a outros com resultados menos satisfatórios. O mesmo tem sido verificado noutros estudos (31, 32), indicando que ingestões de diferentes nutrimentos e consumo de uma alimentação variada estão associados a uma melhor função cognitiva durante o envelhecimento (30). A doença de Alzheimer é a mais comum das doenças neurodegenerativas que causa diminuição da capacidade cognitiva, sendo responsável por 50% de todas as demências (33, 34). Aparece geralmente depois dos 60 anos e a sua progressão é gradual, evoluindo em média por períodos de 8 a 10 anos. Caracteriza-se pelo aparecimento de lesões cerebrais ao nível do hipocampo e do córtex cerebral e de determinados nódulos subcorticais (35). Começa a manifestar-se por perturbações da memória e dificuldades de abstracção, seguindo-se posteriormente as perturbações da orientação, perda de
autonomia e perturbações do comportamento alimentar (33, 35). Estudos recentes põem em evidência uma perda de peso e défices vitamínicos nos pacientes que sofrem de doença de Alzheimer, estabelecendo uma relação entre a doença e os teores plasmáticos das vitaminas C, E, B-|2, B6, ácido fólico e (3-caroteno nas pessoas de idade. Pensa-se que a nutrição interviria • nas funções cognitivas através de dois eixos: por um lado, o efeito antioxidante de determinadas vitaminas; por outro, dietas ricas em vitaminas B-|2, B6 e folatos, preservariam a integridade do SNC (35). O envelhecimento é acompanhado por um declínio natural dos órgãos dos sentidos (27). Com o avançar da idade verifica-se uma redução na capacidade olfactiva, e isto junto com a diminuição do sentido do gosto pode diminuir o
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prazer de