Novo Paradigma Educacao
Andrea Cecilia Ramal
Referência: RAMAL, Andrea Cecilia. “Internet e Educação” in Rio de Janeiro:
REVISTA GUIA DA INTERNET.BR, Ediouro, nº 12., 1997.
O terceiro milênio se aproxima e as mudanças na Educação vêm com ele, seja por conseqüência natural das demais transformações do mundo, seja por exigência deste novo contexto ao qual a escola precisa se adequar. Podemos falar do surgimento de um novo paradigma em Educação, ainda não consolidado totalmente, mas que já vemos se esboçando nas idéias e na prática dos educadores que sabem captar os sinais dos tempos e cumprir seu papel de construtores dessa nova história.
Nesta edição, propomos alguns elementos de comparação entre o que podemos chamar de "o velho" e "o novo" numa prática pedagógica em que a Internet na sala de aula constitui uma das mais significativas diferenças.
No velho paradigma...
No novo paradigma...
O professor é leitor, lente (do latim leccio, lecionar). Houve a época em que o professor apenas lia a matéria do dia, talvez até discorresse sobre um ou outro ponto, e marcava as avaliações sobre o assunto. Mesmo tendo evoluído em relação a tal prática, ainda vemos em nossa década aulas muito expositivas, em que o conteúdo é quase "lido" para os alunos. O professor é orientador do estudo. Um novo perfil de professor é delineado: ele é aquele que orienta o processo da aprendizagem e, ao invés de pesquisar pelo aluno, ele o estimula a querer saber mais, desperta a sua curiosidade sobre as questões das diversas disciplinas e encontra formas de motivá-lo e de tornar o estudo uma tarefa cada vez mais interessante. O aluno é um receptor passivo, que ouve as explicações do professor - aquele que sabe muito mais do que ele - e vai tateando em busca daquilo que acredita que o professor deve desejar que ele aprenda, diga, pense ou escreva.
O aluno é o agente da aprendizagem, tornando-se um estudioso autônomo, capaz de buscar por si mesmo os conhecimentos, formar seus próprios