novas perspectivas a educação
612 palavras
3 páginas
Nome da revista: Boa Forma texto: Nunca fui magrinha – sempre oscilei entre 70 e 75 quilos –, mas fazia o tipo gordinha charmosa: mesmo brigando com a balança, estava sempre arrumada, não ficava sem namorado e tinha uma vida social legal (apesar de evitar programas como praia e piscina, para não ter que colocar biquíni). Meus pais e meu irmão são magros, só comem coisas saudáveis e sempre fizeram atividade física, enquanto eu caía de boca no chocolate e nos salgadinhos de pacote, entrava e saía da academia e experimentava todo tipo de dieta para ver se entrava na linha. Passei dos limites no período em que morei em Nova York, nos Estados Unidos, entre 2005 e 2007. Como estudava e trabalhava, não tinha tempo nem pique para cozinhar e acabava comendo só fast food e comida congelada, além de beliscar o dia inteiro. Para piorar, fazia muito frio (o que me levava a comer mais ainda) e não tinha ninguém que me chamasse a atenção para fechar a boca, como minha família fazia quando eu estava no Brasil. Quando cheguei aos 80 quilos, comecei a frequentar academia (fazia musculação e caminhada na esteira), mas ia só de vez em quando. No fundo, acabei entrando na onda dos americanos de desencanar do corpo e da saúde. Eu sabia que estava acima do peso, mas, como era todo mundo gordo, não percebia o quanto. Menos de dois anos depois de chegar aos Estados Unidos, estava pesando 92 quilos. De volta ao Brasil, meu pai quase não me reconheceu quando foi me pegar no aeroporto – eu acenava, mas ele não percebia que era eu – e, ali mesmo, disse que eu precisava emagrecer. Cansada de não caber nas minhas roupas e de ver a cara de espanto das pessoas diante de quanto eu tinha engordado, resolvi entrar na academia e fechar a boca. Nos primeiros cinco meses, malhava três horas por dia, entre esteira e aula de spinning, jump e boxe. Depois de secar vários quilos (não subia na balança de propósito), acrescentei a musculação a a fim de enrijecer e definir a musculatura. Cortei doce e