Notícias de uma guerra particular – rio de janeiro 1993 à 1998

Diante do documentário assistido “Notícias de uma Guerra Particular – Rio de Janeiro 1993 à 1998” é notório o comércio de droga tornou-se uma empresa, todavia ilegal. O negócio da droga empega 100 mil pessoas no Rio de Janeiro, número este equivalente ao número de funcionários da Prefeitura da cidade. Nem todas essas pessoas moram em favelas, no entanto a repressão se concentra exclusivamente nos morros cariocas, perpetuando a força paliativa desta medida. De acordo com um dos entrevistados, Hélio Luiz chefe da polícia civil do RJ, ninguém aguenta mais este salário mínimo miserável, logo como toda empresa, o tráfico contrata funcionários, os traficantes, isto é, lhes oferecem um emprego. O lucro do tráfico prosperou com a democratização da cocaína, a droga era conhecida como usual de ricos, todavia com o decorrer dos anos esta começou a circular em várias camadas sociais.
O movimento do Comando Vermelho a princípio possuía o projeto “Paz, Justiça e Liberdade”; a paz seria viver com a tal na cadeia; a justiça seria a social que de alguma forma suprisse os buracos e deficiências deixados pelo governo; e a liberdade é sair da cadeia a qualquer preço. Todavia esta ideologia do comando perdeu o objetivo com o tempo, isto é, a desorganização do crime organizado veio à tona e no fim ficou apenas o nome de comando vermelho. No que tange desta guerra nos morros, ou seja, esta bagunça, os traficantes lutam entre si, favela contra favela, polícia contra traficantes, e por fim no meio deste fogo cruzado o morador.
A empresa do tráfico de drogas é atraente para o jovem miserável, o individuo recebe bem e ainda por cima acredita receber o respeito que não possui quando opta por ser um trabalhador que ganha um salário mínimo. O jovem procura afirmação, e este a encontra no tráfico que o ilude com a imagem de poder e respeito sob uma sociedade que não reconhece seu real valor. Hélio Luiz, também em sua entrevista firma que estes jovens ao inserir-se no tráfico de drogas buscam