Nota de leitura da obra a condição humana de hanna arendt

Na obra “A condição humana”, Hannah Arendt traz as atividades fundamentais que correspondem “às condições básicas sobre as quais a vida foi dada ao homem na Terra” (p.8), são elas: o labor, processo biológico do corpo humano indispensável para a vida, o trabalho, são as coisas que o homem cria, é condicionado a mundanidade, e a ação, que corresponde condição da pluralidade (os homens são iguais porque são humanos, mas diferenciam-se em suas capacidades e as formas de empregá-la no contexto social). Tanto labor, ação e trabalho designam o termo vida activa. Além das três dimensões da vida activa a autora afirma que “os homens são seres condicionados, porque tudo aquilo que eles entram em contado torna-se imediatamente uma condição de sua existência” (p. 10). O homem cria seus próprios condicionantes, que também são condicionados por ele, ou seja, um não tem sentido sem o outro. Aristóteles definiu vida activa através do termo bios politikos que significava “a vida dedicada aos assuntos público-políticos” (p.14). Neste período, a importância estava concentrada na ação, pois um homem verdadeiramente humano era aquele que tinha plena liberdade para se aprofundar no conhecimento. A liberdade era tão valorizada que os gregos afirmavam que as necessidades corpóreas eram um impencilio para o desenvolvimento do raciocínio. Com o desaparecimento da cidade-Estado o cristianismo absorve a prática da contemplação, mas de um modo diferente, pois não há uma busca pela verdade, esta viria como revelação. Outra diferença é que enquanto na Grécia a contemplação era restrita aos filósofos, na Idade Media era destinada a todos como forma de alcançar os princípios religiosos impostos pelo cristianismo.
Em ambos os períodos existia uma preocupação com a eternidade para se equiparar à imortalidade divina. Para os gregos, somente era alcançada por aqueles que possuíssem feitos que permanecem além da sua morte, enquanto os outros morreriam como animais porque estão satisfeitos com o