Normalizaçao psicologia
Conjunto de fenómenos pelos quais as pessoas, em interação umas com as outras, são capazes de modelar, manter, difundir e modificar os seus modos de pensar e de agir. Existe influência entre indivíduos sempre que o comportamento ou a presença de uma pessoa é capaz de provocar alterações no comportamento de outras pessoas. Os processos de influência entre indivíduos são a normalização, o conformismo e a obediência.
Normalização
Nas sociedades existe um sistema de interações gerador de uniformidades a respeito de interesses, ideias, atitudes e condutas. Essas uniformidades resultam da partilha de formas de pensar, sentir e agir comuns às pessoas de um grupo e explicam-se pelo seguimento das mesmas normas, pois estas são um fator imprescindível na nossa vida, permitindo uma certa estabilidade do meio e uma maior facilidade na aprendizagem de comportamentos. As normas são úteis pois são regras básicas que estabelecem o que as pessoas podem ou não podem fazer em determinadas situações que implicam o seu cumprimento. Por outro lado, sem as normas a relação interpessoal seria dificultada, ou seja, não conseguiríamos descodificar, nem prever o comportamento das pessoas com quem estabelecêssemos uma interação. Para Sherif (1969) as normas são “uma escala de referências ou avaliações que define a gama de comportamentos, atitudes e opiniões permitidas e repreensíveis”. Segundo Jacques-Philippe Leyens, as normas não são apenas inevitáveis, como também úteis sob o ponto de vista prático. Em relação à sua inevitabilidade e utilidade das normas vamos ler os textos das págs.59/60 Muzafer Sherif é um dos psicólogos que estuda a normalização e explorou o efeito autocinético para mostrar a tendência natural que as pessoas têm para proceder à formação de normas.