Norma e gramatica
Norma, segundo Azeredo (2000, p.30), é o “conjunto de realizações fonéticas, morfológicas, lexicais e sintáticas, produzido e adotado mediante acordo tácito pelos membros da comunidade. [...] é a soma dos usos histórica e socialmente consagrados numa comunidade e adotados como um padrão que se repete.”
Teremos, desta forma, uma norma privilegiada, isto é, vista como a ideal pela maioria dos falantes, que a denominaremos norma padrão, e várias normas lingüísticas, aquelas formadas por f alares, igualmente aceitos por determinados grupos. Segundo Coseriu (1962) as normas lingüísticas são constituídas pela norma e transformadas pela originalidade dos falantes, que dá lugar a formas de linguagens particulares (familiar, popular, literária... ).
Agora já podemos dizer que conhecemos várias normas. Então quantas normas você conhece? Procure discutir entre seus amigos de sala, quantos falares podemos identificar?
Outro questionamento que precisa de esclarecimentos é o que diz respeito aos conceitos de norma e gramática, isto é, a norma pode ser entendida como gramática? Sim, mas precisamos compreender melhor o sentido de gramática.
Vamos aos teóricos!
O termo gramática designa, em sentido amplo, “o conjunto sistemático de regras de combinação das palavras de uma língua, ou seja, o conjunto de regras internalizadas pelos falantes desde tenra idade, que lhes permite construir e decodificar frases possuidoras de sentido.” (TERRA, 1997, p.21)
Segundo Azeredo (2000, p.31), toda língua tem uma est rutura, chamada de gramática, termo usado para designar “um sistema de unidades e de regras que as combinam em construções de extensão variável.”
Para Possenti (2001a, p. 63) noção de gramática deve ser entendida como um “conjunto de regras”. Já para Saus sure (2001, p.156), “ a Gramática estuda a língua como um sistema de meios de expressão”.
Objeto de constantes discussões, a gramática foi, por muitos anos, estuda de
forma