Desde que foi fundado em 1994, o Instituto Socioambiental - ISA tem sido uma das mais atuantes Ongs brasileiras. Além de lutar por melhorias no meio ambiente, o ISA também se destaca por defender o patrimônio cultural e os direitos dos povos, em especial o dos índios. Agora, boa parte do que os profissionais do ISA aprenderam e vivenciaram, ao longo dos últimos 13 anos, está disponível para o grande público no livro Almanaque Brasil Socioambiental. Esta já é a segunda edição do Almanaque; a primeira foi lançada no final de 2004. É uma obra de fôlego que impressiona por vários aspectos, entre eles: a quantidade e qualidade das informações, a diversidade de temas abordados e o apuro no tratamento visual de suas 552 páginas. "Nosso objetivo é tentar entender o Brasil sob o ponto de vista socioambiental. Nesse sentido, a idéia é ter a maior abrangência de assuntos possível e mostrar que tudo está relacionado. Ou seja, o Brasil não está sozinho no mundo (está em um Universo, em um planeta, em um continente) e não é homogêneo. Tem paisagens, povos e culturas diversas, mas que interagem entre si. Tudo o que acontece em um lugar tem influência em outro. Não adianta cuidar da natureza e deixar pessoas na pobreza. Não adianta crescer economicamente e destruir o meio ambiente, que dá suporte ao crescimento e assim por diante", conta a editora do livro Maura Campanilli, que, além de jornalista especializada em temas ambientais, também é formada em Geografia pela USP. Para escrever os 85 verbetes organizados em 11 grandes capítulos temáticos, a equipe do ISA contou com a preciosa participação de 122 colaboradores como jornalistas, cientistas, técnicos e especialistas nas mais diversas áreas. O livro abre com Ambientes, que engloba as discussões sobre Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, Pampa e Zona Costeira. A seguir foram elencadas as grandes questões socioambientais debatidas atualmente que ganharam os seguintes denominações: Diversidade Socioambiental,