Etica
“Duas coisas me deixam maravilhado: o céu estrelado acima de mim e a lei moral dentro de mim” (Kant).
Ética e moral. A ética não é diretamente normativa, pois não é seu papel estabelecer códigos de conduta. A ética possui caráter reflexivo sobre o agir humano. Ao invés de ditar normas que devem ser seguidas, a ética reflete sobre os princípios que estão nas bases das normas da conduta aceitas na sociedade. Ou seja, a ética ocupa-se em analisar os princípios que orientam as normas e a sua aceitação na vida pessoal e social. Por isso, a ética é Filosofia Moral, ou seja, a reflexão filosófica sobre a moral. A moral ocupa-se diretamente com normas aceitas pela sociedade.
Liberdade. Há os defensores do livre-arbítrio e os defensores do determinismo. Segundo os defensores do livre-arbítrio, o homem é livre porque pode escolher e depois de escolher sabe que antes de escolher podia ter escolhido de maneira diferente. Cada um de nós tem o poder de se determinar a si mesmo - não obedecer a qualquer lei exterior. É claro que há sempre condicionantes da ação. A liberdade é possível porque o homem é capaz de inventar maneiras de vencer essas condicionantes. A ação livre é uma ação que podemos evitar (é possível não a realizar), que depende da opção do agente (havia alternativa disponível), que a decisão sobre o que fazer está sob o controlo do agente e que podia ter sido diferente (podemos escolher outro rumo para ação). Já os defensores do determinismo defendem que o homem não é livre, porque obedece às leis da natureza, como os outros animais: as pessoas compram o casaco de couro porque é moda (fato social de Durkheim: exterioridade e coercitividade), logo a escolha não depende realmente delas. As escolhas estão determinadas. Tudo o que acontece tem uma causa. Quando não sabemos a causa de uma ação, dizemos que somos livres. Estas causas são, muitas vezes, inconscientes: não temos consciência delas, por isso, pensamos que não existem e dizemos que somos livres. A