Os ciclos regionais do cinema brasileiro
O cinema no Brasil tem pouco mais de cem anos e sua história não é tão atrasada em relação ao cinema mundial, tendo em vista que o primeiro cinematógrafo chegou ao Rio de Janeiro em 1896, aproximadamente dezoito meses depois do seu lançamento oficial em Paris, em sessão pública. Fora do eixo Rio-São Paulo, o cinema brasileiro produziu uma série de ciclos de pequena duração, todos com histórias parecidas: entusiasmo inicial, realizações precárias, algum sucesso local, dificuldades num mercado dominado pelo produto estrangeiro, final prematuro. Os anos 1920 foram marcados pelo fênomeno chamado pela historiografia de os chamados "Ciclos Regionais”. Em geral, esses ciclos se caracterizaram por uma concentração episódica de produções em determinadas cidades do país e contribuíram para manter ativa a produção nacional do país, mas também para difundir de forma mais sistemática a atividade cinematográfica no país. Cada ciclo tem seu distintivo no seu contribução, como por exemplo do ciclo de Cataguases destaca-se a revelação do cineasta Humberto Mauro e foi o ciclo cinematográfico na cidade mineira (Minas Gerais) e estimulado pela prosperidade da economia do café. O ciclo mais importante é o de Recife que começou no ano 1923, onde Edson Chagas, Gentil Roiz e outros realizam 12 longas e 25 curtas, inclusive "Aitaré da praia" (1925), que chegou a ser exibido no Rio. Este periódo é caracterizado pelas iniciativas individuais de pequenos grupos. Os historiadores destacam que foi o ciclo regional de maior duração já que durou até o 1931. As causas para o fim do ciclo foram principalmente, as brigas constantes entre os principais líderes do movimento, a chegada do cinema sonoro norte-americano e as dificuldades de exibição. Enfim, é correto sustentar que a década de 1920, en termos de cinema nacional, marcou o fim da Bela Época, que foi onde se multiplicaram as salas fixas e acrescentam filmes de ficção de géneros variados, e o