No Filme Cheiro Do Ralo
Ocorre uma ausência nos nomes dos personagens do filme ate mesmo do protagonista que aparece somente uma vez no filme, os nomes são “impronunciáveis” para ele, que sempre nomeia as pessoas por suas atividades: garçonete, segurança, secretaria. Há na relação simbólica com as pessoas que estão a sua volta havendo uma desumanização, mas para os objetos comprados ele sempre procura um valor histórico, emocional (onde o objeto aparenta ter vontade e ganhar vida – Fetichismo).
A coisificação esta muito evidente, quanto ele olha para o corpo da mulher - garçonete – como um objeto, ele não quer um relacionamento com a garota, mais sim comprar ela como todos os outros objetos que são comprados cotidianamente por ele. A um desentendimento é a garçonete acaba saindo da lanchonete quando ele volta, confunde a nova funcionaria que a substitui, mesmo olhando para seu rosto não vê a diferença entre as duas, somente quanto ele olha para sua bunda ele vê que é outra pessoa, ficando bem visível a coisificação. Lourenço é incapaz de ter uma relação até mesmo com sua mãe, mas ele passa a coisificar o pai que ele nunca conheceu com um olho que ele compra por quatrocentos reais e uma perna mecânica afirmando que são de seu pai morto na Segunda Guerra Mundial (o pai Frankenstein como ele chama).
O cheiro do ralo é sua grande preocupação para Lourenço, para todos os clientes que vão ao seu escritório ele explica sobre o mau cheiro do ralo, que vem do banheiro, ele tem medo que as pessoas pensem que o mau cheiro vem dele. Em um momento de reflexão ele pensa que a merda do ralo está confundindo seu cérebro, suas ações, e para acabar com o mau cheiro, coloca cimento no ralo, mas não resolve o seu problema. Há um conflito com uma moça (entende sendo uma viciada em substancias ilícitas) que também mostra o corpo para Lourenço, pois ela “só