Analise psicologica filme o cheiro do ralo
O cheiro do ralo é acima de tudo a história de um misantropo, como não se via desde o “senhor Estruge” em “Christmas Carol”. Nessa conhecida história de Charles Dickens vemos a transformação e arrependimento do personagem que ao encontrar o espírito do natal passado do natal presente e do natal futuro se arrepende do seu comportamento desprezível perante os outros ao conhecer o efeito das suas atitudes nos outros se tornando uma pessoa de bem. Lourenço também é um misantropo e também passa por uma transformação durante a história, ele também é visitado, é visitado por uma bunda...
[pic] O senhor estruge que vive alheio da sociedade acumulando dinheiro e humilhando os outros e acaba se arrependendo ao perceber o que destruiu no passado, o que fazia no presente e o que perderia no futuro.
Ao se fazer uma análise funcional do repertório de Lourenço podemos perceber que se trata de uma pessoa com fraca discriminação das próprias emoções, não sabemos dados do seu passado, mas sabemos que ele não teve pai e que sua existência é fruto de um relacionamento furtivo. É possível que ao longo de sua historia de aprendizagem ele tenha tido poucas chances de gerar um self adequado baseado nas explicações verbais eliciadas pelas trocas de contatos emocionais e pela sinalização do significado, razão e importância dos sentimentos. Lourenço sobrevive a isso e parece ser bem sucedido ao usar uma esquiva ativa, o que reforça negativamente seu repertorio misantropo. Ou seja, Lourenço não discrimina as próprias emoções e não teve oportunidade para modelar a exteriorização da intensidade, diferenciação das suas emoções o que faz com que a possibilidade de vinculação emocional com outras pessoas se torne um sinalizador de punição positiva, para evita-la ou adia-la, Lourenço se esquiva do contato e se vincula com os objetos das pessoas e não com as pessoas. Ao ter uma