nivel de estresse em peixe
Ana Maria Barreto de Menezes Sampaio de Oliveira, Ph.D.
Prof. Dr. José Eurico Possebon Cyrino, Ph.D.
1. INTRODUÇÃO
Desde meados de 1970, estudos envolvendo “estresse” têm sido freqüentemente realizados no campo da fisiologia de peixes. No ambiente, a resposta ao estresse pode ser vista como a capacidade dos peixes mobilizarem as reservas de energia de forma a evitar ou vencer imediatamente situações de ameaça. Em piscicultura intensiva, a situação de estresse está constantemente presente, e pode afetar o desempenho produtivo dos peixes, prejudicando o estado de saúde e aumentado a suscetibilidade a doenças.
O estresse em piscicultura intensiva pode ser proveniente de várias fontes, das quais são práticas comumente utilizadas, como por exemplo, a manipulação dos animais, o emprego de alta densidade de estocagem, o transporte, interações biológicas, qualidade dA água e manejo de alimentação. Informações fisiológicas baseadas no estresse provocado pelas práticas culturais podem ser úteis no desenvolvimento de novas e melhores técnicas para aumentar o sucesso de cultivo.
O crescimento da indústria aquícola está provocando um aumento significativo de pessoas e empresas que se especializam no transporte de peixes vivos, sendo o uso de altas densidades nas unidades de transporte, de fundamental importância na redução dos custos envolvidos. Esta atividade pode ser considerada como uma das etapas de maior importância na produção de peixes, pois quando mal planejada e executada, pode levar a grandes prejuízos ao produtor, face à mortalidade freqüentemente observada.
A produção intensiva de peixes ou o aumento dos estoques naturais não pode ser conseguido sem o uso de vários procedimentos de manejo no campo, ou em laboratório que podem induzir ao estresse e apresentar conseqüências letais. O estresse inibe o crescimento através de efeitos sobre o metabolismo e alteração do sistema endócrino que regula o