Neurose obsessiva
Este tema me interessa particularmente porque ainda no estágio pude acompanhar um caso obsessivo grave, mais parecia um obsessivo clássico ao qual Freud fazia menção em seus textos. Aproveitando minhas leituras e alguns esboços sobre alguns textos, resolvi utilizar dois principais para compor este trabalho e outros via associação livre enquanto redigo este trabalho
Em ATOS OBSESSIVOS E PRÁTICAS RELIGIOSAS (Freud, 1907), Freud aponta neste texto uma semelhança particular entre o sujeito que sofre da neurose obsessiva através de pensamentos, idéias ou impulsos obsessivos e a prática religiosa. É notavel a similaridade de alguns termos da Neurose Obsessiva, nos quais já conhecemos em outras circusntancias, tais como cerimonial, ritual, crença, etc, são comumente usados na religião. Em relação a ruptura entre os representantes pulsionais, onde no obsessivo a ideia se cola em um outro afeto, acho de bom grado citar aqui que, no seminário 11 de Lacan, ao falar dos quatro conceitos, nos diz que é nessa cisão onde é possivel que a ideia solta se torne uma transferencia. Aliás, Násio em seu livro COMO TRABALHA O PSICANALISTA nos diz que a pulsão tem muitas caras, uma delas é o que o analista deve manejar quando se coloca como o objeto a: A pulsõa analitica.
Esses cerimoniais neuróticos consistem numa alteração de algum(s) ato(s) do cotidiano do paciente, acabando esta, por modificar seu dia com acrescimos, restrições ou um arranjo que o paciente se coloca como uma obrigação, tendo que cumprir com isso sem ao menos “fazer idéia” do motivo. Freud faz algumas colocaçoes importantes: esses atos exigem um gasto, ou melhor, uma perda de tempo; todo ato obsessivo tem seu sentido e pode ser interpretado; o que está sendo representado no ato e em cerimoniais deriva das experiencias mais intimas do paciente, principalmente das sexuais; o ato obsessivo serve para expressar motivos e idéias inconscientes.
O ato obsessivo parece estar ligado a um sentimento de