Neurociencia
Arquitetura e loucura: Relação de humanização
Autor
Tamara Ingrid Marques de Araújo (2011049470)
Palavras chave
Loucura, Humanização, Arquitetura, Espaços Psiquiátricos, Reforma Psiquiátrica, CAPS.
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“O espetáculo da loucura, não só no indivíduo isolado, mas, e, sobretudo, numa população de manicômio, é dos mais dolorosos e tristes espetáculos que se podem oferecer a quem ligeiramente meditar sobre os destinos.”
(Lima Barreto, em Cemitério dos Vivos).
Autor: George Georgiou. Hospital psiquiátrico em Kosovo, entre 1999 e 2002.
Resumo
Infelizmente, a ideia arcaica de que os “loucos” precisam ficar em ambientes fechados e isolados de familiares e do contato com a sociedade, ainda é enraizado em nosso meio como uma medida de proteção à sociedade. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de falar um pouco sobre a história da psiquiatria, e mostrar que, independente das diversas teorias, definições e terapias da loucura desenvolvidas em todo o mundo há pelo menos meio século, a necessidade de existir espaços psiquiátricos adequados é de fundamental importância. Ou seja, inserir medidas humanizadas no tratamento do portador de sofrimento psíquico, sendo uma delas, a arquitetura dos espaços psiquiátricos.
Introdução
Atualmente, a loucura é um tema essencialmente médico. Entretanto, há séculos o louco habitava o imaginário popular de diversas formas, devido eles conviverem com a humanidade. De motivo de chacota e zombaria a possuído pelo demônio, até marginalizado por não se enquadrar nos preceitos morais vigentes, o louco é um enigma que ameaça os saberes constituídos sobre o homem.
A prática de retirar os doentes mentais do convívio social para colocá-los em um lugar específico surge em um determinado período histórico. Segundo Michel Foucault, em A história da loucura na idade clássica, ela tem origem na cultura árabe, datando o primeiro hospício conhecido do século VII.
Asile, madhouse, asylum, hospizio, são alguns dos nomes que