NEM RAÇA, NEM COR, UMA QUESTÃO DE CAPACIDADE
ÁLVARO CLÉVERSON DA SILVA SOUZA
NEM RAÇA, NEM COR: UMA QUESTÃO DE CAPACIDADE
NANUQUE
2009
FINOM - FACULDADE DO NOROESTE DE MINAS
ÁLVARO CLÉVERSON DA SILVA SOUZA1
NEM RAÇA, NEM COR: UMA QUESTÃO DE CAPACIDADE
Artigo científico apresentado à Faculdade de Educação da FINOM, como requisito para obtenção do título de Especialista em História e Cultura Afro-Brasileira.
NANUQUE
2009
NEM, RAÇA, NEM COR: UMA QUESTÃO DE CAPACIDADE
Álvaro Cléverson da Silva Souza
RESUMO
Este artigo discute a questão da capacidade humana de estabelecer metas para decidir objetivos de vida. As discussões atuais em relação ao espaço, ou pouco espaço, que o negro tem na sociedade revelam-se, de um lado, a tentativa de reparar um possível erro de um passado escravocrata brasileiro, onde a idéia de ser inferior perpetua até os dias de hoje, e, por outro lado, desperta o desejo de se fazer justiça, utilizando-se de meios que se aproximam da discriminação gratuita “invertida”, estabelecendo a idéia absurda de que realmente existem “raças” humanas mais capazes que outras.
Palavras-chave: Inteligência e capacidade humanas, políticas raciais e discriminação
Desde a Antigüidade, a mentalidade ocidental convive com a idéia de que os seres humanos estão divididos em raças, mas foi no decorrer do século XIX, quando os países europeus necessitavam justificar seus projetos de expansão imperialista, que uma grande parte dos seus recursos intelectuais estiveram mais empenhados em definir e hierarquizar as raças que compõem nossa espécie.
Para classificar a variedade de fenótipos humanos, muitos cientistas trabalharam exaustivamente e sua influência deu credibilidade à afirmação de que os brancos de origem européia ocupariam os estágios mais elevados do