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Introdução
Em 1979, iniciou-se o governo do general Figueiredo, tendo como ministro da Fazenda Karlos
Rischbiter, como ministro da agricultura Delfim Netto e como ministro do planejamento Mario
Henrique Simonsen. Este defendia um rigoroso ajuste fiscal, corte nos gastos e nos investimentos que não tinham prioridade, visando a melhoria das contas em transações correntes e o controle do processo de endividamento externo, optando por seguir uma política ortodoxa.
Por outro lado, figurava a oposição composta por Delfim, do Planejamento e por Andreazza, do
Interior. Estes defendiam uma política heterodoxa, que era baseada no crescimento econômico a qualquer custo, tendo em vista um rápido desenvolvimento da economia no país. Logo, traçou-se uma disputa política relacionada aos rumos da economia brasileira, assim Delfim Netto acabou substituindo Simonsen no Ministério do Planejamento. Delfim queria reeditar o milagre econômico, mesmo sabendo que a situação externa estava desfavorável. Com o segundo choque do petróleo e a alta dos juros externos, ele não teve outra saída a não ser mudar a condução da politica econômica.
Dentre essas razões, este período ficou conhecido como a "década perdida", caracterizada pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB, pelo aumento do déficit publico, pelo crescimento da divida externa e interna e pela ascensão inflacionaria.
Devido ao agravamento da crise econômica e ao aumento das pressões sobre o governo militar, acabaram tornando inviável a continuação desse tipo de governo, e assim em 1985, iniciou uma nova forma de governar o paìs, um governo civil em que o presidente seria eleito de forma indireta através do Congresso Nacional.
Desenvolvimento
Embora seja um tema relativamente constante do noticiário econômico brasileiro dos últimos 40 anos, foi na década de 1980 que a inflação brasileira intensificou-se como nunca ocorreu antes. A alta dos juros