Negociações desiguais
INTRODUÇÃO:
Este trabalho tem a proposta de apresentar um pouco do processo histórico da vida na campanha gaúcha, bem como as figuras que fazem parte desse contexto e a relação que elas têm. A relação dos estancieiros e peões as suas diferenças econômicas e sociais, o poder que os estancieiros têm e exercem sobre os peões. Também se apresentará os aspectos econômicos, sociais e políticos desse universo, as resistências dos peões em relação ao cenário de dominação dos estancieiros. As mudanças ocorridas ao longo dos anos da campanha gaúcha e o que elas trouxeram para estancieiros e peões, quais as modificações que vieram com elas o que passou a ser destaque nesse contexto.
DESENVOLVIMENTO:
Quando paramos para analisar a realidade da Campanha do Rio Grande do Sul, notamos um cenário de desigualdades, lutas, resistências, dominação, mudanças e êxodo rural. Todo esse cenário não está presente apenas em nossa realidade, mas sim ao longo das décadas do universo rural gaúcho. O nosso estado é reconhecido pela grande maioria dos brasileiros como uma região que tem campos de plantio, muita natureza e que há criação de gado, de certa forma isso se dá pelo fato do Rio Grande do Sul ter em seu aspecto geográfico condições favoráveis para se ter à criação de gados e também para o plantio. O Rio Grande do Sul é um estado que faz fronteira com outros paises e já foi alvo de disputas, principalmente entre espanhóis e portugueses. Para não perder essa dominação sobre as terras gaúchas os portugueses começaram a distribuir as sesmarias, que eram um determinado espaço de terra cedido pela coroa portuguesa aos produtores, essas sesmarias deram origem às estâncias, lugares que existem até hoje. As estâncias representavam o poder, eram os locais onde se concentrava a economia gaúcha e tem um papel muito importante na consolidação do contexto econômico, histórico e social do Rio Grande do Sul de acordo com Roche (1969 p. 33-34)