Negociação
Inicialmente realizado como uma produção para tevê, o filme acompanha um júri composto de doze homens que devem julgar um jovem porto-riquenho acusado de ter assassinado seu próprio pai. Para o veredicto final, a votação tem que ser unânime e, se for considerado culpado, a lei determina para estes casos que o réu seja condenado à morte.
Rapidamente, onze dos jurados votam pela condenação. Um deles – o arquiteto Davis, interpretado por Henry Fonda – é o único que quer discutir um pouco mais antes de dar a decisão final. Afinal, estavam decidindo se uma pessoa, um jovem , viveria ou morreria. Enquanto Davis tenta convencer os demais jurados , o filme vai revelando a característica de cada um – o estilo e a história de vida, as atividades, as motivações e a influência no grupo – mostrando o que os levou a tentar considerar o garoto como culpado e a desnudar os seus próprios (pre)conceitos.
Cada um dos jurados tem origem, condição social e idade diferente e, como não podia deixar de ser, diversos tipos de personalidade: entre os doze, há o tímido, o intelectual, o idoso, o de origem humilde, o imigrante, enfim , cada um é um ser único e está ali para decidir sobre o destino de outro ser humano.
Quando Davis, com sua persistência e persuasão, vai fazendo com que cada um reveja os seus votos, passam a emergir no grupo os aspectos individuais. Ao mudar o seu voto, cada um terá evidentemente que rever conceitos e vai querer que sua decisão seja respeitada. Nesse processo, é inevitável que as características da personalidade de cada um comecem a aflorar, surgindo então os conflitos e as emoções que exercem influência no comportamento das pessoas, bem como as variáveis que normalmente permeiam as relações dentro de um grupo altamente diferenciado.