negociacao
crescimento econômico desenfreado que destrói a natureza e exaure os recursos
naturais.
A partir dos trabalhos de Darwin, na segunda metade do século XIX,
ficou claro que as espécies animais têm uma trajetória de nascimento, desenvol- vimento e morte. Elas se sucedem, algumas desaparecem e outras surgem. Nada
nos leva a pensar que a espécie humana tenha uma trajetória distinta dos seus
antepassados desaparecidos (hominídeos).
Até meados do século XX, a humanidade temia basicamente duas grandes
ameaças de extinção – uma externa (o choque de um grande meteorito, como
aparentemente ocorreu há 65 milhões de anos, extinguindo os dinossauros) e
outra interna (o advento de uma epidemia desconhecida e incontrolável). Em
meados do século passado, foi acrescida mais uma ameaça, provinda dos pró-
prios seres humanos: a bomba atômica. O seu poder de destruição ficou eviden- te com as explosões de Hiroshima e Nagasaki.
A ideia de que o modo de produção e consumo vigente nos conduz a um
desastre é cada vez mais aceita. “Que a economia está em conflito com os siste- mas naturais do planeta é uma evidência que ressalta das informações cotidianas
sobre o desaparecimento das zonas de pesca, a redução das florestas, a erosão do
solo... e o desaparecimento de espécies” (Brown, 2003, p.14).
Embora o agravamento da crise ambiental aponte para uma clara degrada-
ção das condições de vida em nosso planeta, é possível, caso o cenário mais pes- simista do aquecimento global venha a se confirmar, que uma nova possibilidade
de autoextinção seja criada ao final deste século.
De toda forma, a persistência do modelo de produção e consumo em vi- gor degrada não apenas a natureza, mas também, e cada vez mais, as condições
de vida dos humanos.
Respostas à crise ambiental
É certo que as atuais condições de vida estão ameaçadas, na