Navio negreiro
Para oficializarem definitivamente a conquista e a colonização da Capitania do Rio Grande, os portugueses tiveram que enfrentar a presença francesa nas terras potiguares. Os franceses que já tinham sido expulsos da Paraíba, partido para o Norte e através de alianças com os indígenas potiguares estabeleceram-se na Capitania do Rio Grande, preocupando os portugueses.
Estavam em jogo interesses militares e econômicos, haja visto que a Capitania do Rio Grande encontrava-se num ponto geográfico de grande valor estratégico e possuía uma importante via de acesso – o Rio Grande, Potengi – que permitiria uma melhor penetração dos colonizadores, que poderiam se estabelecer terra a dentro. Por Isso, era importante para a Coroa Portuguesa apossar-se de uma vez por todas das terras potiguares, expulsando os franceses.
Para por em pratica as suas intenções quanto a Capitania do Rio Grande, a Coroa Portuguesa através das Cartas Régias de 9 de novembro de 1596 e de 15 de março de 1597, determinou a expulsão dos franceses do Rio Grande e a fundação de um povoamento naquela região, como também a construção de uma fortaleza na foz do Rio Grande, que seria responsável pela defesa do território.
Fazendo valer o que estabeleciam as Cartas Régias, em dezembro de 1597 , chega a foz do Rio Grande, uma expedição que deu inicio a conquista e a colonização da Capitania do Rio Grande.
Com a construção do Forte dos Reis Magos, a 750 metros da barra do Rio Grande, dá-se a oficialização da conquista portuguesa na Capitania do Rio Grande do Norte.
O “engenheiro” e “arquiteto” da primeira construção de taipa e barro do Forte dos Reis Magos foi o Pe. Gaspar de Samperes. Com um tempo depois, essa construção foi substituída por uma feita em pedra, cabendo a Francisco de Frias a execução da obra.
Foi durante o período de construção do Forte dos Reis Magos, que surgiu um aglomerado urbano em suas proximidades, formando um arraial, que possivelmente foi habitado em