nada provem
JorgeLuis Borges
Neste momento em que cresce de importância a discussão sobre os valores essenciais da arquitetura moderna, tal como a entendemos e praticamos no Brasil, é talvez oportuno discutir umassunto que diz respeito a todo aquele que, como arquiteto, ou em outras capacidades, se dedique a criar, ou qualificar, espaços nos quais atividades humanas possam ser exercidas. Esse assunto, tãoimportante, refere-se às maneiras pelas quais aqueles espaços, ou objetos que os qualificam, ganham suas formas.
No Brasil, a maioria dos arquitetos saídos das universidades depois da Segunda GuerraMundial tiveram uma formação arquitetônica estruturada nos moldes do sistema estabelecido pela Bauhaus. Essa escola alemã, um dos vários desdobramentos que se seguiram à reação ao ecletismo e revivalismoque caracterizaram a segunda metade do século XIX em toda a Europa, tinha duas entre suas principais características que influenciaram tremendamente o ensino e a prática da arquitetura no Brasil até opassado recente, e ainda se fazem sentir com muita intensidade. A primeira delas é o desencorajamento ao estudo da história da arquitetura: a maior evidência disso é a ausência de cursos de históriada arquitetura e de análise de precedentes no currículo da Bauhaus. No Brasil, isso se refletiu na pequena carga horária dedicada a essas duas disciplinas nas universidades e na limitada culturaarquitetônica apresentada pela grande maioria dos arquitetos brasileiros atualmente; quando muito, conhece-se superficialmente os “mestres” do modernismo.
Nada provém do nada.
Discussão sobre o método em projeto de arquitetura
Trabalho realizado nadisciplina Idéia , Método e linguagem no curso de mestrado em Arquitetura e Urbanismo
Profa. Doutora Sônia Afonso
Mestrandos: Eng. Arq. Carlos Alberto Barbosa Souza Arq. Canísio José BeeckFlorianópolis, maio de 2002
Nada provém do nada. Resumo de entrevista concedida pelo prof. Arq. Edson da Cunha