as crianças selvagens
Uma das referências mais conhecidas provêm do filósofo e estadista franco-suiço Jean-Jacques Rousseau (1712 — 1778) publicada como nota em seu livro Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (Discours sur l'origine et les fondements de l'inégalité parmi les hommes), em 1754. Nesse livro Rousseau ao referir-se à origem do homem e distinções deste primeiro homem e animais, cita os relatos de quatro crianças: um de 1344, uma criança encontrada em Hesse na corte do príncipe Henrique; o de uma criança encontrada entre ursos nas florestas da Lituânia, em 1694 comentado por Condillac (1715 – 1780) que afirmava não que ela apresentava nenhum sinal de razão: ”caminhava com pés e mãos, não possuía nenhuma linguagem e formava sons que nada se assemelhavam aos do homem”; e finalmente o caso do “pequeno selvagem” de Hanôver estudado na Inglaterra; e os dois selvagens dos Pirenéus encontrados em 1719. Todos eles incapazes da postura bípede como comenta.1Crianças selvagens são crianças que logo a partir dos primeiros anos de vida passaram a viver em completo isolamento da sociedade; são crianças que depois de pouco tempo de vida se perdem da população, vivem como animais, não falam e não andam como pessoas normais. Tais histórias se originaram de relatos relativamente comuns no século XVIII, que descreviam crianças encontradas no campo, tidas como sobrevivido por circunstâncias especiais, desde os