Nacionalismo
Muitos dos grandes acontecimentos que marcaram a história contemporânea têm origem no movimento ideológico que desde seu surgimento, no século XVIII, influiu decisivamente na política, no pensamento e em outras manifestações culturais: o nacionalismo.
Nacionalismo é o sentimento de íntima vinculação de um grupo humano ao núcleo nacional da coletividade a que pertence. É o princípio político que fundamenta a coesão dos Estados modernos e que legitima sua reivindicação de autoridade. Traduzido para a política mundial, o conceito de nacionalismo implica a identificação do Estado ou nação com o povo -- ou, no mínimo, a necessidade de determinar as fronteiras do Estado segundo princípios étnicos. Numa primeira etapa, o nacionalismo aspira a criar ou consolidar a independência política. Em seguida, busca a afirmação da dignidade nacional no campo internacional, para por último transformar-se em impulso que pode levar a nação a procurar ampliar seu domínio pela força.
História
Ilustração nacionalista chinesa de 1891, que estimulava a guerra contra os estrangeiros e a queima de seus livros.
Como fator preponderante nas relações entre os Estados, o nacionalismo é fenômeno recente, do fim do século XVIII. Sua presente vitalidade e o caráter universal de que se reveste induzem freqüentemente ao erro de considerá-lo fator que sempre influenciou de forma decisiva o curso da história. Na verdade, o Estado nacional não existiu durante a maior parte da história da civilização, e nem mesmo, ao surgir, foi visto como a forma ideal de organização política. A lealdade do indivíduo se prendia à cidade-Estado, ao feudo e a seu senhor, às dinastias reais, às seitas e grupos religiosos.
O nacionalismo surgiu como força predominante na Europa e na América com a Revolução Francesa e a independência dos Estados Unidos, e a seguir com os movimentos de emancipação na América Latina. Voltou a se fazer sentir na Europa com a agitação revolucionária de 1848 e as campanhas de