O nacionalismo
O nacionalismo moçambicano é diferente do europeu.
Em África /Moçambique, foi a dominação colonial, a opressão colonial, que gerou o sentimento nacionalista.
O nacionalismo moçambicano nasce como contestação do colonialismo europeu e manifesta-se, principalmente ao nível das associações, da Imprensa e da poesia, na linha dum movimento mais amplo de emancipação africana cuja expressão predominante foi o que se chamou de Pan- Africanismo.
O papel das associações
Depois da II Guerra Mundial, formou-se em Moçambique o Movimento dos Jovens Democratas Moçambicanos (MJDM).
Esse movimento por sua vez, tinha como objetivos:
Fazer uma intensa propaganda contra o Estado Novo, através da distribuição de propaganda política clandestina;
Combater as grandes injustiças sociais de que estavam a ser vítimas os trabalhadores por parte dos patrões;
Promover a unidade de todos os africanos.
Esse movimento tinha como dirigentes: Sobral de Campos, Sofia Pomba Guerra, Raposo Beirão, João Mendes, Ricardo Rangel e Noémia de Sousa.
Vigiado pela polícia e limitado pelas divisões raciais impostas ao movimento associativo, a quando da prisão e condenação de seus principais dirigentes, no período de 1048-49, este movimento viria a ser reprimido. Mas a semente da contestação havia sido lançada. Nos princípios de 1949, formou-se em Lourenço Marques, com cerca de 20 membros, o Núcleo dos estudantes Secundários de Moçambique (NESAM), que tenha seu núcleo/funcionava dentro do centro Associativo de Moçambique (CAM), o novo nome do Instituto Negrófilo.
O NESAM tinha como objectivos fomentar a unidade e camaradagem entre os jovens africanos, através do desenvolvimento da sua capacidade intelectual, espiritual e física, para melhor servir a sociedade.
Nos primeiros anos da sua existência foi considerada pelas autoridades coloniais como uma organização nacionalista embrionária. Daí ter sido policiada e sob influência da direcção colaboracionista do Centro