Não causa espanto nem surpresa para as pessoas falar da grande diversidade cultural existente no Brasil. Esse é um ponto que o faz rico de sotaques, culinária, cor de pele, religião, tipos de música e até vestimenta. Mas até que extremo essa mistura de diferentes costumes contribui para a formação de um nacionalismo único? O comportamento de nacionalista do cidadão vem sendo expressivamente observado e intensificado. Benedict Anderson em seu texto Comunidades Imaginadas, por exemplo, busca explicar as origens desse movimento (historicamente) além de sua evolução e de seu desenvolvimento ligados a formação e ascensão de um sentimento de identificação com a pátria. O nacionalismo pode e deve ser visto como algo que caracteriza o país e até sua população, trazendo intrinsecamente uma parte de sua história, ou seja, ajustando um elo com o passado do país (e possivelmente com sua metrópole, no caso de ter sido uma colônia). Essa constituição se da partir de influências ou hábitos antigos que acabam se tornando marca daquela sociedade, sendo possível haver características semelhantes entre os povos de continentes distintos. No caso do Brasil, antes de sua independência, não havia um país propriamente formado, tanto que não existia o sentimento de pertencimento ao território por parte dos habitantes. O racismo era um ponto forte dentro das relações sociais e a influência religiosa exercida pela Igreja Católica apontava para uma dominação cultural portuguesa na então América portuguesa, inviabilizando um sincretismo cultural original. Entretanto, apesar de um processo longo e complicado diante das grandes diferenciações entre os povos que habitavam a colônia portuguesa da América (entre eles índios, negros africanos e imigrantes europeus), é inegável a efetividade e autenticidade do processo que hoje é composto pelo conjunto das influências e notoriamente adotado pela sociedade brasileira. Conforme notifica Benedict Anderson, a unificação