Música
«Mãe e música confundem-se para a criança, da mesma forma que se confundem mãe e alimento, mãe e carícia. A música é, para a criança pequena, todo o alimento e o carinho que nutrem, gratificam e contêm».
Partiremos de um princípio controverso e não absoluto de que quanto mais avançamos na idade, mais indisponíveis e menos capacidade temos em aprender correctamente, certas práticas e vivências musicais cruciais do nosso desenvolvimento pessoal e artístico. Ou seja, o nosso potencial de aprendizagem musical vai gradualmente diminuindo, com o passar do tempo. E, tudo o que não se praticou na idade devida, é por vezes completamente impossível devolver noutra fase do nosso crescimento, pois em nada a situação emocional e física pode ser comparada. Embora os períodos mais férteis em termos de aprendizagem, sejam entendidos de distintas formas por diversos autores e, invariavelmente diferentes na sua localização temporal. Zoltan Kodály aponta para um período compreendido entre os seis anos de idade e os dezasseis, uma vez que, para P. Pascual Mejía (2002:24):
«Se a corrente vivificadora da música não chegou ao homem numa determinada idade, enquanto é possuidor de uma maior capacidade receptiva, é muito pouco provável que chegue mais tarde. Às vezes basta só uma experiência boa para abrir uma alma jovem para a música».
Enquanto que para E. Gordon (2003) há três fases de maior receptividade e interiorização de conhecimento e desenvolvimento das capacidades musicais (abaixo referenciado em gráfico). Para o mesmo autor (2003) e partindo das palavras de Alberto B. Sousa (2003:119) a educação musical:
«Se inicie logo na primeira infância, cirando-se um ambiente, em casa e com a família, em que se possa ouvir música, identificando e brincando com os sons (cantando e trauteando) do meio ambiente».
Na idade pré-escolar as aulas de música devem ser previstas, envolvendo o processo de audiação e a execução de padrões tonais e rítmicos,