Mídia e mediações sociais
A imprensa como um meio de divulgação dos fatos políticos se desenvolveu, principalmente, a partir da era da modernidade industrial. A Revolução Industrial destruiu o antigo modo de produção manufatureiro, em que os artífices dominavam todo o ciclo de produção de um determinado bem e modificou as relações sociais de produção.
Nesse processo, a imprensa foi sofrendo importantes transformações e se envolvendo com a missão de esclarecer os cidadãos sobre as questões políticas, econômicas e sociais que ficavam cada vez mais distantes da maioria da população. A imprensa buscou atender às necessidades das classes médias e dos empresários sobre informações da esfera política e de seus negócios.
Ao longo do século XX, a imprensa foi ganhando importância para a divulgação de informações gerais sobre a sociedade e se tornando um porta-voz da ideologia política de setores dominantes da sociedade. Essa forma de divulgação ideológica procura legitimar e transportar para a sociedade como um todo, as preocupações específicas de setores dominantes da sociedade.
O contexto da industrialização, do pós guerra traz o início do acúmulo de capitais e explica o fenômeno do consumo e o consequente crescimento do mercado. Essas transformações econômicas fazem com que as matérias primas tradicionais sejam trocadas por conhecimento e informação.
A evolução do capitalismo e o desenvolvimento tecnológico são consequências dos aparelhos de poder. Conforme afirma Foucault, na obra Microfísica do poder, os poderes funcionam como uma maquinaria, estabelecendo relações de força. Nesse sentido, os meios de comunicação são mecanismos da economia e do comandados por interesses político econômicos.
Para Foucault, a instauração da sociedade moderna supôs uma transformação na consagração de novos instrumentos pelos quais pode-se canalizar o poder. O poder não tem uma única fonte nem uma única manifestação. Foucault mostra a relação de poder e saber nas sociedades