Pesquisas
Ao se complexificarem, as mediações instauram rupturas nas relações sociais, e é o nível da técnica, as possibilidades associadas às técnicas disponíveis, que permitem a realização da potência dos sujeitos. Mas então, quais são essas novas mediações? Quais suas características? Qual a penetrabilidade nas sociedades e quais os impactos e transformações que instauram? Jornais, revistas, programas de rádio e TV, simpósios acadêmicos, filmes, documentários e inúmeros livros, apontam para o fato de que vivemos em uma sociedade da informação, era digital, planetária, sociedade midiática. O conceito de mídia, segundo Levy, refere-se "ao suporte ou veículo da mensagem. O impresso, o rádio, a televisão, o cinema ou a Internet, por exemplo, são mídias" (1999, p.61). O acesso e a troca de informações sempre estiveram presentes nas sociedades humanas, hoje, porém, as mediações disseminam a informação de uma maneira inédita e com características que a distinguem das mediações anteriores, instaurando profundas rupturas na dinâmica dos fenômenos. Os dispositivos comunicacionais, hoje disponíveis, possibilitam as diferentes formas de comunicação entre as pessoas, rompem com a comunicação passiva, típica de mediações anteriores. Abrem novas possibilidades aos sujeitos cujas ações retroagem sobre a sociedade, complexificando-a. Quanto às características dessas mediações, dessas mídias, Levy aponta para três grandes categorias, um-todos, um-um e todos-todos. A imprensa, o rádio e a televisão são estruturados de acordo com o princípio um-todos: um centro emissor envia suas mensagens a um grande número de receptores passivos e dispersos. O correio ou telefone organizam relações recíprocas entre interlocutores, mas apenas para contato indivíduo a indivíduo ou ponto a ponto (LEVY, 1999, p.63). O advento das mídias interativas, como a Internet, trouxe de original, para as relações sociais, a