Fichamento de “Mídia e Política de Minorias”, de Raquel Paiva
CAC - Centro de Artes e Comunicação
Comunicação Social – Jornalismo
Psicologia da Comunicação
Professora Patrícia Horta
Lara Ferreira Ximenes
Fichamento de “Mídia e Política de Minorias”, de Raquel Paiva
O texto “Mídia e Política de Minorias”, de Raquel Paiva, começa citando Dostoiévski: “Se não existe Deus, tudo é permitido.” Através dessa citação, a autora coloca a figura divina como o lugar das mediações sociais, as mediações tradicionais que possuem como caráter dominante um histórico de parâmetros para atuação no mundo (normas, regras e costumes). Através dessas mediações o mundo construiu o seu tecido social. Dessa maneira, quando os ligames sociais são esfacelados, produz-se um horizonte distinto do seguro. Emergem novas formas sociais, novas relações entre indivíduos e entre indivíduos com o mundo. Entre os maiores desafios da contemporaneidade o principal está em lidar com essas novas relações e formas sociais, estabelecer regras, padrões e normas. “Enfim, na aceitação radical do outro” (PAIVA, p.16).
Justamente por isso, é necessário que uma nova cartografia da realidade atual seja traçada, focando nas relações sociais. A mídia tem grande papel e influência nisso, pois não apenas substitui, como define as mediações sociais. “A mídia responsabiliza-se hoje por todas as mediações sociais, é ela que regula a relação do indivíduo com o mundo e seus pares.” (PAIVA, p.16)
Espetacularização do cotidiano, lógica midiática e paradigmas de mercado estão sicronizados com a mídia, e dessa forma assume um papel de reguldora das relações da contemporaneidade. “Pode-se conjulgar, ato contínuo, mídia e consumo” (PAIVA, p.16) . Logo, como uma parcela da sociedade não consome, a nova ordem cada vez mais coloca de lado essa parcela de indivíduos e populações excluídas dos procedimentos de consumo.
Esse horizonte produz uma nova forma social, onde essas pessoas, excluídas, reagem reguladas pela violência e