Raquel Paiva - Fichamento
Raquel Paiva
Os indivíduos pré-modernos e modernos são mediados por uma série de normatizações. Essas mediações sociais, compõem não só as ligações sociais, mas, também, uma unidade efetiva. O rompimento desses ligames dá origem a novas formas sociais e de relacionamento entre os indivíduos. De forma alheia a ideia da aceitação radical do outro, " é preciso traçar uma nova cartografia da atualidade, em especial das relações sociais, onde estejam contempladas as novas estruturas responsáveis pelas mediações sociais. Em síntese, a mídia responsabiliza-se hoje por todas as mediações sociais, é ela que regula a relação do indivíduo com o mundo e com seus pares. (PAIVA, p. 16)
A nova ordem, que liga cada vez mais, mídia e consumo, privilegiando um número diminuto de povos e indivíduos, margeia um número cada vez maior de pessoas e populações dos procedimentos velozes dos bens de consumo. Essas minorias, na luta contra-hegemônica, que define a sua existência, podem, nesse ambiente de conformação social, assumir conformações que se coloquem em sintonia com a tônica da violência e, ao agirem em sintonia com o ambiente midiático, produzir formas de atuação nas quais o objetivo é, majoritariamente, o aparecimento na mídia. Esse jogo de aparecimento / ocultamento, que determina sua ação social, é chamado de "flutuante", e com esse conceito, pretende-se reconhecer a natureza de alguns grupos atuais.
Segundo a autora, por portarem o germe da luta contra-hegemônica, algumas minorias podem preferir a violência como esteio de atuação política e assim, não se renderem à mera espetacularização de suas ações. Pautados pela ideia de inclusão, podem congregar proposições políticas capazes de congelar o espraiamento das violências sociais. Apesar da forma social estar marcada pela violência, os grupos minoritários podem optar por agir de forma capaz à fazer frente à crueldade institucionalizada e generalizada através de projetos sociais inclusivos que