Métodos de pesquisa

Análise do capítulo “1. História dos enfoques quantitativo, qualitativo e misto: raízes e momentos decisivos”
O texto “História dos enfoques quantitativo, qualitativo e misto: raízes e momentos decisivos” de autoria de Roberto Hernandez Sampieri foi extraído do livro
Metodologia de Pesquisa e apresenta a história da evolução dos métodos de investigação científica, fundamentando-os em suas bases filosóficas e nos principais autores responsáveis por sua disseminação.
A história do enfoque quantitativo inicia sobre as ideias do paradigma do positivismo, que afirma que a pesquisa é independente dos valores do pesquisador, uma vez que só existe uma realidade e, portanto, apenas uma base admissível para o conhecimento e pensamento humano. Este paradigma foi construído sobre as bases da experimentação das ciências exatas em meados do século XIX, mas em sua visão o mundo social poderia ser estudado da mesma maneira do mundo natural. Entretanto, o positivismo foi sobreposto pelo paradigma do pós-positivismo, mais aberto e flexível que o anterior, por entender que a realidade só pode ser conhecida de maneira parcial, considerando as limitações e valores do pesquisador, sendo a objetividade algo a ser perseguido por meio de procedimentos padronizados, mas nunca garantindo a imparcialidade.
A partir do fundamento filosófico do pós-positivismo caracteriza-se o enfoque quantitativo, baseando-se em três principais elementos: coletar dados numéricos, analisar a variação desses dados e relacionar os resultados aos grupos e atributos por meio de técnicas estatísticas, essenciais para o desenvolvimento deste método.
O enfoque quantitativo nasceu após a revolução científica iniciada por Newton e se fortaleceu nos períodos de guerras mundiais, nos quais as medições e análises estatísticas foram utilizadas para desenvolver a indústria bélica, de construção e de propaganda. Nota-se que o enfoque metodológico das pesquisas adapta-se às necessidades dos contextos