Mutações
A distrofia muscular de Duchenne (DMD, do inglês Duchenne muscular dystrophy) é uma doença hereditária progressiva, que possui herança recessiva ligada ao cromossomo X, mas 30% dos casos podem ser uma mutação genética espontânea. Sendo assim, essa mutação ocorre em células germinativas, afetando metade dos membros masculinos da família, e a metade dos membros do sexo feminino são portadores assintomáticos, ou seja, possuem o gene anormal, mas não são portadoras da doença.
A distrofia muscular de Duchene é caracterizada por alterações no gene responsável pela produção da proteína distrofina, que fica localizada no sarcolema das fibras musculares e compõe o complexo glicoproteico ligado a distrofina. O gene anormal situa-se no braço curto do cromossomo X, lócus Xp21, sub banda Xp212.
As mutações responsáveis pelo desenvolvimento da DMD podem ser, deleções no gene da distrofina, que representa cerca de 60% dos casos, duplicações em 5 à 6% e mutações de ponto (em uma única base ou nucleotídeo do DNA) nos casos restantes.
Sendo a maior parte das mutações neste gene decorrente deleções intragênicas, há mais informações em relação a esta ocorrência. Devido à diferença de tamanhos entre íntrons e éxons, sendo os íntrons muito maiores, as quebras de deleções integênica sempre se localizam próximo a estes, tendo como efeito a deleção ou duplicação de um ou mais éxon inteiro.
A deleção ou inserção através da duplicação altera a matriz de leitura do código genético, resultando em uma mudança de matriz de leitura, também conhecida como troca de fase de leitura, levam a síntese de produtos protéicos não-funcionais. Neste gene principalmente decorrente de deleções leva ao desenvolvimento da DMD ou na distrofia de Becker (DMB, do inglês Becker muscular dystrophy). A DMD é mais severa, pois tem-se como resultado proteína truncada que é rapidamente destruída pela célula.
A deficiência em distrofina leva ao aumento da permeabilidade da membrana