Mutação Gênica
“Os cruzamentos entre indivíduos aparentados têm frequentemente consequências negativas”
Os seres humanos possuem, em seus cromossomos, de 30 mil a 40 mil locos gênicos, 10% dos quais em heterozigose. Os demais 90% estão em homozigose, e essa proporção não sofre grandes variações de um grupo humano para outro. A quantidade de pares de alelos em heterozigose pode ser usada como medida do grau de variabilidade genética de cada espécie. Quanto mais locos gênicos estiverem em heterozigose, tanto maior será a variabilidade genética entre os indivíduos. A taxa de heterozigose varia de uma espécie para outra.
O grau de variabilidade genética é fundamental para a sobrevivência das espécies, pois aumenta a probabilidade de existirem indivíduos capazes de tolerar eventuais mudanças do ambiente. Quando há semelhança genética entre seus membros, a espécie tem menor capacidade de resistir às agressões ambientais. Nesse caso, se as condições ambientais se tornarem desfavoráveis para um dos indivíduos, provavelmente serão desfavoráveis para todos.
A pequena variabilidade genética de uma espécie é um fenômeno autopotencializado. Em virtude da pequena variabilidade, diminui a probabilidade de os indivíduos sobreviverem; com a redução da população, a taxa de cruzamentos entre aparentados aumenta, diminuindo ainda mais a variabilidade genética.
Quando indivíduos geneticamente semelhantes cruzam entre si, originam gerações inteiras de “cópias”. Basta que surja, por exemplo, um vírus que não seja combatido pelo sistema imune do guepardo para que toda a população fique ameaçada.
Origem da variabilidade genética
Existem indivíduos heterozigotos porque os locos gênicos são geralmente ocupados de forma alternativa por alelos, que surgem uns dos outros por mutação. Do ponto de vista adaptativo, as mutações podem ser prejudiciais, indiferentes ou benéficas. Como não há “escolha prévia” dos locos gênicos que sofrerão mutação nem do tipo de mutação que