Musculação para idosos
Nos últimos anos, a expectativa de vida tem aumentado significativamente. Em conseqüência disso, o contingente populacional de idosos vem acompanhando tal crescimento. Na década de 1970, o Brasil era considerado um país de população predominantemente jovem. Contudo, começa a mostrar uma tendência ao envelhecimento. Segundo o Anuário Estatístico do Brasil (1996) de 1951 a 1991 o número de indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos aumentou cerca de 480%. Não é fácil definir quando um indivíduo pode ser considerado idoso. Segundo alguns autores, uma definição simplista seria: todo individuo com idade igual ou superior a 65 anos. Porém, fatores como: alto nível de catabolismo, declínio da atividade celular, maior vulnerabilidade do organismo aos distúrbios metabólicos, progressivo decréscimo das reservas funcionais, processos patológicos, desnutrição, entre outros, ocorrem com velocidade e intensidade diferentes, as quais são determinadas pela genética e/ou estilo de vida de cada indivíduo. Nesse texto, daremos enfoque ao treinamento de força direcionado ao idoso, com uma atenção especial para a grande polêmica quanto à recomendação de que o treino deva ser leve. O idoso não é uma "taça de cristal". Muito pelo contrario, ele é capaz de utilizar métodos com sobrecargas (absoluta e relativa) iguais ou mesmo superiores às do jovem. Força, Massa Muscular e SaúdeA grande preocupação das autoridades, tanto científicas quanto governamentais, é garantir qualidade de vida ao idoso, na qual ele possa desenvolver com autonomia as atividades da vida diária. A qualidade de vida está diretamente ligada à perda de força (que pode chegar a 15% durante a sexta e sétima década de vida e depois disso a 30% 9, 13 e à redução da massa muscular associada com a idade, denominada sarcopenia 3, 14.Vários estudos demonstram que a redução da força ocorre de maneira diferente nos diversos grupamentos musculares, sendo de forma mais