Muro das lamentações
O Muro localizado na área ocidental de Jerusalém vem lembrando há milênios a vitória de Roma sobre os judeus. Hoje ele é cultuado como o recanto mais sagrado do Judaísmo, pois é o último vestígio do segundo templo judaico, edificado após a destruição do anterior, construído por Salomão. No ano 20 a.C. ele foi reformado por Herodes, o Grande, na tentativa de conquistar a simpatia de César. Em 70 d.C. o Muro das Lamentações foi demolido por Tito, em uma demonstração de força do Império Romano diante da Grande Revolta Judaica.
Na época, Herodes ordenou a edificação de ostensivos muros destinados a encerrar o Monte Moriá – lugar reverenciado porque ali Abraão teria oferecido em sacrifício a Deus seu filho Isaac, por esta razão escolhido para sediar o Templo – dentro desta muralha. Desta forma ele estendeu este espaço, compondo o que atualmente é conhecido como a Esplanada das Mesquitas, que hoje abriga também dois espaços sagrados do Islamismo, a Mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha.
O Primeiro Templo, criado no século X a.C, foi eliminado em 586 a.C pelos habitantes da Babilônia; já o Segundo foi edificado por Esdras e Neemias, durante o evento que se tornou conhecido como o Exílio da Babilônia – os judeus podem finalmente voltar para sua terra natal, Judá, especialmente para Jerusalém, graças a um Decreto de Ciro, o que possibilita reedificar este santuário -, depois demolido por Tito, que permite a preservação de um pedaço do muro externo para que os judeus conservem a memória de sua derrota diante de Roma. Segundo os hebreus, porém, este muro só permaneceu em pé graças a uma promessa de Deus, que lhes garantiu a preservação de pelo menos uma parcela do Templo, como emblema da união deste povo com Deus.
Enquanto os romanos dominaram Jerusalém, era proibido o ingresso dos hebreus nesta cidade, enquanto na era bizantina eles podiam visitar as ruínas do Templo uma vez ao ano, no dia que lembrava a destruição deste tabernáculo, quando então