Mundialização
SILVA, Ileizi L. Fiorelli. O Processo de Mundialização no Desenvolvimento do Capitalismo: Reflexões a partir de K. Marx (1818-1883) e F. Engels (1820-1895). Londrina-PR: Laboratório de Ensino de Sociologia; Depto Ciências Sociais da UEL, 2001, mimeo. 12 p.
O PROCESSO DE MUNDIALIZAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO: REFLEXÕES A PARTIR DE K. MARX (1818-1883) E F. ENGELS (1820-1895) Profª. Ileizi Fiorelli Silva
Departamento de Ciências Sociais da UEL
Laboratório de Ensino de Sociologia
Introdução
Como explicar o fenômeno da mundialização da economia no modo de produção capitalista?
Dentre as várias abordagens de análise1, acredita-se que retornar à teoria marxiana possibilita a utilização de elementos e categorias esclarecedores do que se tem denominado como um fenômeno novo, ou seja, a “globalização”.
Em primeiro lugar deve-se justificar o termo “mundialização” em substituição ao termo “globalização”, mais difundido na mídia e nas discussões acadêmicas. Ambos os conceitos referem-se ao processo de internacionalização da economia capitalista. Porém o termo “globalização” possui um caráter parcial porque está carregado de ideologia empresarial dos oligopólios americanos e europeus.
Os jornais escritos e televisivos, alguns livros didáticos, as justificativas governamentais para as reformas do Estado (mudanças nas leis trabalhistas, na educação, na previdência social, na saúde, entre outras), as justificativas dos empresários para as demissões em massa e alguns estudos das Ciências Sociais (Sociologia, Economia, Ciência Política, Antropologia, Geografia, História) tendem a demonstrar a “globalização” enquanto um processo inevitável, a que todos os países e indivíduos têm que se conformar e se adaptar.
Só para ilustrar, veja essa citação extraída de um livro paradidático do Ensino Fundamental (5.ª a 8.ª série)2
“A Globalização está aí: é um processo que não tem volta. Reagir contra isso seria