Mulheres e religião
"Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo. Mas, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres o sejam em tudo a seus maridos. Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo."
Efésios 5:22-28
É observável que grande parte dos problemas que ocorrem na sociedade atual relacionado ainda à discriminação contra mulheres provém de um pensamento antigo não somente do cristianismo mas de grande parte das religiões ocidentais. O versículo supracitado é o maior exemplo do que se costuma falar em igrejas sejam elas protestantes ou católicas quanto à submissão de mulheres aos homens pelo simples fato de serem os homens ‘o cabeça’, ou ainda, terem sido criados primeiro. No entanto esse pensamento ou esse tipo de interpretação vem somente para corroborar a idéia, antiquada e preconceituosa, de que a mulher é mero instrumento de desejo do homem para o cumprimento de funções essencialmente servis.
Não é possível imaginar discriminação alguma nesse tipo de relação ou de analogia que é feita. Muito pelo contrário é uma prova de que a relação entre pessoas é igualitária e uma prova de que em um casamento o homem deve-se doar de forma completa, de forma incondicional assim como Cristo fez para com a igreja. A passagem chega a ser utópica se pensarmos a fundo: seriam todos os maridos hoje capazes de morrerem por suas esposas? Alguns só conseguem falar em tom agressivo, quanto mais morrer.