Mulheres - religião católica e islâmica
Está criada aquela que será a matriz da exclusão das mulheres. De facto, ela resulta de uma teologia que foi desenvolvendo progressivamente toda uma reflexão antropológica centrada na temática da imagem e semelhança com Deus e do pecado original. Esta contribuiu decisivamente para uma visão da mulher como ser inferior e como tentadora, à semelhança de Eva - Eva é identificada com o pecado original, com a tentadora do homem, a culpada da sua queda. Estes textos bíblicos serviram, ao longo da história, para legitimar a submissão das mulheres, mas foi igualmente com base neles que muitas delas reagiram contra esta submissão.
A igreja católica em relação às mulheres representa um sofisticado sistema de discriminação, que passa dissimulada porque o discurso da Igreja faz-nos pensar que sim, que aquilo é o mais correto, segundo Deus.
Pensando bem … a mulher como modelo, do ponto de vista religioso, tem o “ser santa” – e vamos lá ver levando a Biblia e os discursos religiosos mais ao extremo, mas mulheres ditas “santas” ou são prostitutas arrependidas, como Maria Madalena, ou mães sofredoras, como a Virgem Maria.
Entretanto muitas mulheres, criaram vozes próprias dentro da igreja. São numerosas as que fundaram ordens religiosas feministas ao longo dos séculos XIX e XX, algumas das quais portuguesas. Como “Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena”.
São ambas teólogas defensoras da igualdade entre Homens e Mulheres na Igreja.
São ambas teólogas defensoras da igualdade entre Homens e Mulheres na Igreja.
Maria Clara Bingemer
Elisabeth Schüssler Fiorenza
Maria Clara