mulheres de pescoço de girafa
Mas e no caso das mulheres girafas? Aqui não estamos falando tão somente de um “estilo de vida”, mas sim de uma deformação permanente no corpo dessas mulheres.
E eu me pergunto: será que essa cultura também só sobrevive porque existem turistas que pagam para vê-la? Até que ponto vale a pena preservar uma cultura que deforma o corpo?
Mas se eu pensar que nem todas as culturas merecem ser preservadas em respeito ao ser humano, onde colocar a linha divisória?
As mulheres girafas onde se enquadrariam? Visitando a cidade delas, eu estaria ajudando o ganha-pão de uma comunidade e preservando uma identidade cultural ou estaria promovendo a manutenção forçada de uma cultura barbara que já deveria ter sido extinta?
O costume de se enfeitar com as argolas é milenar e as mulheres que mantêm essa tradição pertencem a tribos que fugiram da antiga Birmânia.
Quem chega a uma dessas aldeias é sempre muito bem recebido. O modo de vida das mulheres é muito simples, quase sem conforto ou modernidade. As crianças desde pequenas garantem a continuidade da tradição e é possível ver garotas de 3 anos com argolas no pescoço.
Há quem diga que o pescoço longo é sinal de beleza entre elas, logo, quanto mais argolas, mais bela é a mulher. Existem boatos de que se trata de um costume que torna a mulher submissa ao homem, uma vez que existem histórias de homens que teriam tirado as argolas de suas mulheres em caso de adultério. Isso é na verdade mentira uma vez que as mulheres não morrem quando tiram as argolas, o que é feito com relativa frequência.