MULHER NA GRADUAÇÃO
1.1 Contextualização
Ao longo dos anos a mulher passou a conquistar espaço em diferentes esferas da sociedade e a desempenhar diversos papeis. Dessa forma, conforme Vieira (2006), alguns fatores levaram a uma maior inserção feminina no mercado de trabalho, dentre eles pode-se citar às mudanças ocorridas no processo produtivo e a consolidação do sistema capitalista. Logo, o aumento das possibilidades das mulheres encontrarem postos de trabalho na sociedade foi dado a partir do avanço da industrialização que transformou a estrutura produtiva, dando continuidade no processo de urbanização e na queda das taxas de fecundidade (TEIXEIRA, 2005).
Entretanto, Kon (2005) ressalta que as condições enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho sempre foram diferenciadas e desvantajosas quando relacionadas ao trabalho masculino, pois na divisão sexual para a manutenção da família ao longo do tempo foi atribuída ao sexo masculino à função de principal provedor financeiro da casa e ao sexo feminino as tarefas domésticas e reprodução biológica da força de trabalho.
Historicamente, observa-se que a rebelião feminina ocorrida no final dos anos 1960, nos Estados Unidos e Europa, chegaram como uma onda e produziram o ressurgimento do movimento feminista nacional, fazendo crescer a visibilidade política das mulheres na sociedade brasileira (MELO; LASTRES, 2003). Assim, Melo e Bandeira (2005) ressaltam que o comportamento e os valores sociais das mulheres, proporcionaram alterações na formação da identidade feminina, coadjuvado pela separação entre a reprodução e a sexualidade, procedente da propagação da pílula anticoncepcional.
O início da expressiva entrada feminina no mercado de trabalho ocorreu na década de 1970 como um marco, um momento histórico. Os anos dos chamados “milagre econômico” (1968-1973) e da “marcha forçada” (1974-1979) citados por Guedes (2004), impulsionavam a economia brasileira e trazia a cena, através de diferentes tipos de