Mudanças no mundo do trabalho e a gestão escolar
As grandes alterações na organização e administração de trabalho escolar vêm sendo acompanhadas de um intenso debate, no qual ganham relevância as propostas de administração, democrática, descentralizada e participativa fundamentadas predominantemente em aspectos políticos.
Tendo em vista refletir sobre as motivações sociais e históricas que desencadearam esse processo, o principal objetivo deste trabalho é analisar o movimento de substituição do modelo de administração burocrático-racional do trabalho escolar por novas práticas organizacionais consideradas mais democráticas.
A administração concebida como cientifica, corresponde à necessidade de racionalização do processo de trabalho, complexibilizado e diversificando pelo avanço da industrialização.
Com a industrialização, o processo produtivo adquiriu uma nova estrutura, ao empregar a ciência no processo de trabalho, alienando-a do trabalhador a divisão das tarefas especialmente entre planejamento e execução, inaugurou a dissociação entre o trabalho intelectual e o manual.
Para se obter o aumento da produção e do lucro, o trabalho é potencializado por meio de um rígido controle do processo produtivo. Dessa forma as tarefas são ainda mais fragmentadas. Taylor formulou alguns fundamentos ou princípios básicos da organização e do controle dos processos de trabalho: 1) controle de ritmos de trabalho e sua intensificação; 2) seleção e treinamento; 3) padronização racional do trabalho; 4) prêmios de produção e incentivos salariais; 5) planejamento e controle do trabalho; 6) existência de especialistas responsáveis por cada uma das funções produtivas.
Cria-se, assim, uma nova estrutura administrativa: na fábrica surgiram os departamentos de programação e controle de produção, tempos e métodos, controle de qualidade e etc.
As características centrais da organização Taylorista mantem-se no fordismo, com a diferença de que Henri Ford introduz a esteira rolante de